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Home office e qualidade de vida: a busca por equilíbrio entre trabalho em casa e descanso

Nas últimas semanas, a síndrome de Burnout foi abordada em diversas matérias relacionadas ao trabalho e como os profissionais têm lidado com as intermináveis demandas do dia a dia em tempos de home office.

Como a EsyWorld está diretamente ligada ao setor de TI (Tecnologia da Informação), - uma das áreas que mais se desenvolveu na pandemia - não poderia deixar de abordar o tema, principalmente por ser uma preocupação interna da organização - a saúde mental da equipe de TI e de todos os demais profissionais da área.

De acordo com a pesquisa The State of Burnout (O estado do Burnout), quase 61% dos profissionais de TI estão esgotados ou apresentam transtornos mentais. Isso porque um em cada cinco profissionais disse estar cansado pelo fato de sentir medo referente à segurança no emprego (19%), 20,5% sentem que têm uma carga de trabalho incontrolável e mais de 10% dos profissionais percebem que não têm controle das demandas, ou seja, não conseguem organizar um tempo de expediente diário.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre os profissionais de tecnologia, o aumento foi um dos mais expressivos, passando de 59,5% dos entrevistados que se consideraram exaustos, em fevereiro de 2020, a 73% com o mesmo sentimento a partir do final de abril.

Em um cenário em que existe a falta de mão-de-obra qualificada, além da alta rotatividade e competitividade, a demanda de trabalho tornou-se mais intensa. Além disso, a pandemia trouxe com ela um nível de atividades alto em relação ao que os profissionais estavam acostumados, podendo afetar a saúde mental. Imagina ter que adaptar todo o processo, que antes era físico, para o universo on-line e ainda treinar os profissionais para o novo cenário!

 

Busca de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Algumas empresas já previam que o home office poderia ser uma realidade e tudo precisaria ser organizado, para que os profissionais pudessem dar sequência ao trabalho - que não podia parar. Na EsyWorld, por exemplo, isso só foi possível graças ao empenho dos gestores, principalmente de TI, que ofereceram toda a segurança necessária no processo de migração para o trabalho remoto.

Com o passar do tempo, reuniões on-line, tarefas para entregar - às vezes, com um prazo curto para resolução - e falta de limite no horário de trabalho, algumas empresas começaram a sentir a necessidade de unir forças para as ações e, com isso, humanizar a relação entre TI e RH (Recursos Humanos); e, consequentemente, contribuir para o equilíbrio da carga de trabalho.

Lembrando que não existe um caminho específico, ou seja, uma “receita de bolo” para lidar com uma questão que pode ser tão delicada se não cuidada a tempo. No entanto, é possível estudar e entender o que está funcionando de forma saudável e o que está prejudicando a saúde mental da equipe de TI, encontrando um caminho mais sustentável para a produção do trabalho em casa.

 

Algumas dicas para humanizar o trabalho remoto

Ações de endomarketing: sugerir novos formatos para o home office, para que todos tenham contato com seus colegas de trabalho. O convívio contínuo não deve “esfriar”, já que, mesmo com a liberação para a volta ao escritório (em algumas organizações), é importante manter o sistema remoto de forma que não prejudique a saúde mental do profissional.

Preparar os profissionais: é importante ter um time de RH mais humanizado para as contratações. Isso ajuda a ter cuidado e um olhar mais educativo, pois muitas pessoas não estão habituadas a trabalhar em casa.

Unir os times de TI e RH: ambos precisam estar atentos às necessidades dos colaboradores. Entretanto, não de forma engessada, mas, sim, prontos para atender as mais diversas dúvidas que, muitas vezes, chegam para os profissionais quando estão em casa.

Segurança: além da humanização, a segurança é primordial. Pensando nisso, é importante utilizar sistemas que garantam a preservação da vida pessoal do colaborador, como informações e acesso seguro através de VPN.

Distantes, mas unidos: como o home office passou a ser o ambiente de trabalho de muitas pessoas, algumas começaram a se sentir sozinhas, pois, de fato, a interação por meio das telas não é a mesma e, em alguns casos, o colaborador não se sente seguro, pensando, inclusive, que trabalhando mais tempo pode ser uma forma de mostrar que realmente está produzindo. Isso afeta diretamente o rendimento da organização, pois é quando a mente do funcionário já está próxima a uma estafa.

Como a saúde mental dos colaboradores afeta a organização?

Com a nova classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde), a CID 11, a Síndrome de Burnout passou a ser considerada doença do trabalho em 2022. Isso afeta diretamente as organizações e coloca os gestores a pensar de forma estratégica sobre novas formas de gerir as equipes e, principalmente, organizar as tarefas, a fim de que todos tenham qualidade de vida e mente tranquila, evitando cansaço excessivo, o que pode acarretar em transtornos mentais.

O esgotamento profissional sempre foi uma preocupação para as empresas, pois isso gera queda de produtividade e entusiasmo - que movimenta o ser humano. Mas, além disso tudo, agora, com a nova classificação, pode até gerar processo se for constatado que a empresa foi responsável pelo desgaste emocional do colaborador.

Seria um novo tempo para analisar como está a vida do trabalhador dentro da organização? Voltamos ao tópico da união entre as áreas: o trabalho pode ser produtivo e realizador quando há humanidade e qualidade de vida no ambiente de trabalho - seja na empresa, em ambientes externos ou em casa.

 

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